Há uma hashtag muito usada atualmente na
mídia social: #maternidadereal.
Esta tag é geralmente acompanhada por fotos
de mães com seus filhos, e status que descrevem uma ou muitas das dificuldades que
surgem com a maternidade. Embora eu pense que este é um grande movimento, não
posso deixar de notar que há um certo tipo de mãe que não está representada
nestas hashtags.
É o tipo de mãe que sou: uma mãe sem filhos
vivos.
Meu único filho, um filho, nasceu com 38
semanas 5 dias. Meu marido e eu tivemos nosso filho no hospital, nós o seguramos, nós
o nomeamos. Nos apaixonamos profundamente por ele no dia em que ele nasceu,
como todos os pais.
Experimentamos todas as coisas que a
maioria dos pais fazem, a única diferença é que não conseguimos levar nosso
filho para casa.
Em vez disso, nossa jornada de
parentalidade começou com buscas de respostas, com longas conversas com
médicos. Começou com telefonemas e arranjos de flores, com reuniões em
funerárias. Envolveu escolher um funeral e um projeto de lápide.
A maternidade começou com tristeza, e
continua com tristeza.
Apesar do que muitas pessoas parecem
acreditar, quando seu filho morre, você não pára de ser mãe. Assim como meu
filho não pára de ser meu filho. Estamos amarrados, somos família, para
sempre!!
A maternidade para mim envolve cuidar do
lugar de descanso do meu filho, envolve falar sobre sua vida. Trata-se de
cuidar e cuidar de sua memória diariamente, em vez de seu corpo físico. Minha
maternidade parece diferente da maternidade da maioria das mulheres.
A maternidade para mim é ter de defender a
minha maternidade, quando as pessoas tentam a tirar de mim por ter os braços
vazios.
Eu sou uma mãe invisível, e isso é
maternidade.
Esta é a maternidade real também.
(Texto de KerriAnne Guanch para o blog
http://www.mother.ly - Tradução livre Grupo SobreViver)